importância da prevenção

Estudo aponta que, se poder público não intervisse na pandemia, Região Central teria 375 mortes

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Um das medidas tomadas pelo poder público, em parceria com empresas privadas, foi a sanitização de espaços de muita circulação de pessoas, como a Avenida Rio Branco, em Santa Maria

Um estudo divulgado pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) - Campus São Borja revela a importância das medidas de prevenção e combate ao novo coronavírus. A pesquisa desenvolvida pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Thiago Sampaio, apresenta estimativas sobre o número de casos de infecção e mortes causadas pela Covid-19 em um cenário sem intervenções das prefeituras ou dos governos estadual e federal, a exemplo das regras de distanciamento, isolamento social e higiene estabelecidas pelos decretos. Nesse contexto, a Região Central poderia contabilizar 375 mortes. 80% das vítimas seriam pessoas acima de 60 anos.

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Desta forma, os documentos elaborados na universidade mostram o cenário provável e, também, o melhor e o pior cenário em um período de três meses. O trabalho considera a velocidade de propagação do vírus, a população e a densidade demográfica do município, tanto da área urbana quanto da rural, a média de dias em que cada paciente fica no hospital, assim como a proporção de pacientes que necessitarão de internação em UTI, quantidade de pacientes com a necessidade de respiradores, a utilização de ventiladores por cada um deles e a quantidade média de óbitos após cada internação, entre outros aspectos.

- Partimos do pressuposto que a onda epidêmica durará em torno de doze semanas, definimos a proporção de pessoas que irão ser infectadas. Diferentemente do que é sugerido por alguns, nem todos serão infectados nesse primeiro ciclo. A nossa projeção varia de 15% a 25% da população sendo acometida pela Covid-19 desde o seu estabelecimento no município até o efetivo controle - explica o professor. 

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COMO SERIAM OS NÚMEROS DA PANDEMIA SE O PODER PÚBLICO NÃO ADOTASSE MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE AO CORONAVÍRUS

As semanas são contabilizadas a partir do momento que o município identificasse casos de transmissão comunitária, ou seja, quando o paciente infectado contrai o vírus sem ter saído do município onde mora e sem ter tido contato com cidadãos de outras cidades. Os gráficos abaixo representam quantas novas internações seriam feitas a cada semana

SANTA MARIA E REGIÃO DE INFLUÊNCIA (Agudo; Cerro Branco; Dilermando de Aguiar; Dona Francisca; Faxinal do Soturno; Formigueiro; Itaara; Ivorá; Jari; Júlio de Castilhos; Mata; Nova Palma; Novo Cabrais; Paraíso do Sul; Pinhal Grande; Quevedos; Restinga Seca; São João do Polêsine; São Martinho da Serra; São Pedro do Sul; São Sepé; São Vicente do Sul; Silveira Martins e Toropi)

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  • Cenário provável: 189 mortes
  • Melhor cenário: 118 mortes
  • Pior cenário: 308 mortes
  • 813 pessoas requisitando internação hospital

SÃO GABRIEL

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  • Cenário provável: 26 mortes
  • Melhor cenário: 16 mortes
  • Pior cenário: 42 mortes
  • 100 pessoas requisitando internação hospitalar

CAÇAPAVA DO SUL

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  • Cenário provável: 16 mortes
  • Melhor cenário: 10 mortes
  • Pior cenário: 25 mortes
  • 60 pessoas requisitando internação hospitalar

Os dados utilizados no estudo foram obtidos no DataSUS, portal que fornece dados relativos ao sistema público de saúde do Brasi, nos dias 31 de março e 1º de abril (desde então, alguns números podem ter sido alterados, como a quantidade de leitos de UTI das cidades). É importante ressaltar que, em cada caso, há fatores que podem contribuir para a piora do quadro analisado, como a ocupação de leitos por pacientes com outras enfermidades e limitação de capital humano na saúde. A metodologia do estudo tem como base o modelo proposto pelo Imperial College London e pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) do governo dos Estados Unidos. As cidades que foram estudadas são Alegrete, Bagé, Itaqui, Jaguarão, Santana do Livramento e Uruguaiana.

NECESSIDADE DE ISOLAMENTO

Conforme Sampaio, o sistema público de saúde não terá como suportar a demanda, caso as devidas medidas de prevenção não sejam tomadas. Ele também diz que a preocupação com a proximidade do inverno é maior no Rio Grande do Sul.

- As medidas adotadas visam reduzir o número de casos para que não haja o colapso. Na ausência dessas medidas, podemos assistir, no Brasil, às cenas que acontecem, por exemplo, no Equador. É importante a compreensão da população e o planejamento dos gestores - complementa.

Além disso, o docente reafirma a necessidade de seguir as determinações dos órgãos competentes, principalmente, quanto à higiene, utilização de máscaras e o distanciamento social.

*Colaborou Rafael Favero

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